Uma mão invisível

Na cozinha quando misturo a carne ao
tempero fico confusa, atordoada, pensativa... Sou carne misturando carne.
O bife e eu, tão juntos.
Na rua me aconchego com as coisas, árvores,
sol e principalmente o vento.
O vento e eu, tão juntos.
Tudo parece ser movimento, embaralhando o
que é igual.
Uma mão invisível combinando temperos,
cheiros, afagos e depois me fritando.
(Elizabeth Venâncio)
(Elizabeth Venâncio)
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