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Mostrando postagens de agosto, 2011

O problema é a forma que pensamos!

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Bianca rememorou tudo que havia ouvido naquele dia. As palavras grosseiras, os gestos de ódio. Não entendia porque as aparências mexiam tanto com as pessoas. Ela ainda era a mesma menina que andava de bicicleta, mas bastou colocar um batom vermelho, um shortinho curto, salto alto e uma bolsa roubada de sua mãe, não precisou dizer palavras, para que os homens a devorassem com os olhos, como se pudessem despi-la de uma forma brutal e rude.   Sentia o rosto arder ao reviver as obscenidades que ouviu. Porém nenhuma dor foi maior do que quando sua mãe disse “Se você anda na rua como uma prostituta, quem vai te respeitar. Se você for violentada, o estuprador terá todo o direito, afinal você está procurando”. Bianca pensa “eu não sou só uma roupa, eu tenho sentimentos, tenho princípios.” Não entende porque na televisão tem tanta gente vestindo assim. Porque nos outdoors tem tanta foto de mulheres mostrando tudo, revistas, jornais, tudo é só mulher seminua! Até prá vender pasta de dente. Agor

A violência é vibrante

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Observo... A violência é vibrante. Recheiam os noticiários, filmes...ofegantes. Viajante com a dor alheia. O quê importa? Se o sangue é radiante! E o homem é o lobo do próprio homem. Já dizia Thomas Hobbes.

Redefiniremos o humano

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Plaina o espírito de insanidade, nos manuscritos da evolução humana. Sem política os paleolíticos, jaziam sem criticar. No período Medieval, bestial nobreza e severo clero. Espíritos famintos agonizaram. Oceano de história, troianos, romanos, americanos... Fratricidas. Vidas retorcidas. Resignação? Inclinação, never again! Habitamos a reorganização, confirmação da implantação do novo. Gritos, frêmitos, ritos de libertação. As vozes se multiplicam. Erudito, somos nós! Inédito a falta de mito. Olhamos o mundo on-line. Não mais serranos, Hoje, redefiniremos o humano.

Como posso acudir?

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Se teus olhos não existem. Quisera libertar-te da fria e escura caverna, do negro casulo. Quisera que um Deus ouvisse minhas súplicas, e as de minha mãe também. Quisera possuir magia, para restaurar-te a alma. Tu, cuja escravidão me oprime. Teus olhos vendados. Teus lábios a dizer mentiras. O abandono dos teus dois filhos. Quisera conhecer palavras... Remédios... Simpatias... Que te devolvessem a vida, os amigos, a mulher, o respeito dos que te amam. Quisera que teu vício não fosse maior que o mundo. O mesmo mundo que tu abandonaste. Quisera, irmão, te ver sorrir novamente. E em teu sorriso ver libertos todos os que te cercam. Quisera não chorar. Quisera não sangrar diante do presságio de teu corpo estendido, em um canto qualquer. Quisera que teu amigo da droga te conhecesse. Soubesse que um dia jogaste bola. Foste o herói de tua filha Quisera que não houvesse cocaína, maconha, crack...entre nós Quisera...

Nenhum deles soube do outro

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16.02.1952 – Ramon se levantou, olhou seu rosto no espelho e uma sensação esquisita tomou conta de seu estomago, sabia que aquele não era seu rosto. Nunca foi tão velho, enrugado, narigudo, gordo, fedendo a gordura. Alguma coisa estava muito errada, tateou o corpo nu, limpou a garganta para ouvir sua voz e não se lembrava de nada. Avelhantado e sem memória, onde estaria? 16.02.1882 – Mariane espreguiçou lentamente, antes de abrir os olhos. Seu corpo jovem estava nu e cheio de néctar, olhou ao redor e reconheceu o cabaré onde trabalhava. “Sou a mais impetuosa das garotas” pensou e sorriu. Não tinha pudores, inibições, tudo era prazer e  deleite, levantou cantarolando. 16.02.1822 – Garcia acordou chorando, em seus seis anos de idade, apanhava dia sim, outro também e o pai sempre muito violento, bêbado. A mãe parece não se importar, esta sempre com o rosto transfigurado, não se move, arrasta-se. 16.02.1762 – Pablo olhou o teto de seu quarto, sentido toda a carga de sua escolha, não g