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Mostrando postagens de abril, 2019

SERVILISMO COGNITIVO

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Estava lendo um livro quando me deparei com a expressão “servilismo cognitivo”, achei bonita a combinação destas duas palavras e imaginei se seria o mesmo que “servidão voluntária”, um tema a muito discutido, ou seja, você não é um escravo, mas se submete as mesmas condições. Sabedora que o pensamento original crítico e livre passa necessariamente por algum tipo de processamento da experiência, fiquei pensando no contexto em que vivo e nas experiências produzidas a partir dele, então concluí que sou uma pessoa cujo comportamento é de um servilismo cognitivo absurdo. Ao constatar minha condição imaginei os filósofos Sócrates e Kant se revirando no túmulo, ambos críticos severos daqueles que traem sua própria criatividade ao permitirem que outras pessoas pensem por eles. Conforme admoestam, devemos pensar por nós mesmos, e desejar que as outras pessoas pensem por elas mesmas. Nesse sentido, as redes sociais permitem observar que determinados comentários estão imitan

FILOSOFIA PARA CRIANÇAS: Um estudo acerca da comunidade de investigação de Matthew Lipman

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FILOSOFIA PARA CRIANÇAS : Um estudo acerca da comunidade de investigação de Matthew Lipman Elizabeth Venâncio [1] Quando Matthew Lipman pensou acerca de filosofia para crianças, ele o fez em um contexto diferente do que vivemos hoje no Brasil de 2019. Por isso, este trabalho quer examinar se é possível que realidades diferentes, possam atender a necessidades humanas semelhantes. Se for como pretende-se argumentar, o pensamento lipmaniano ultrapassaria as diversas barreiras: sociais, culturais e políticas para ofertar a humanidade um ideal de educação para o pensar crítico. Decorrido quase sessenta anos da proposta de ensinar crianças a pensar filosoficamente e dos debates que aconteceram e continuam repercutido em mais de 30 países, despertou-se o interesse em estudar o assunto nos educadores goianos, preocupados com os índices de deficiências de aprendizagem noticiados por institutos de pesquisa. Assim, em 2017 foi criado o Grupo de Estudos e Pesquisas sobre o ensino