TEM COISAS QUE NÃO COMBINAM!

Uma menina perfeita! Todos
diziam. Em seus sentimentos mais profundos Suzanne apreciava esta verdade. Permanecendo horas e horas observando-se no
espelho. Gostava de como a forma delicada de seu rosto a surpreendia, uma faceta
diferente a cada momento, inusitadamente fascinante. Quase sempre aquele rosto denunciava não lhe pertencer. “Não podia ser tão bonita.”,
pensava.
Arrumou
cuidadosamente a roupa que vestiria no dia seguinte, escolhendo aquela que mais
valorizava seus olhos, sua pele, seus cabelos negros e lisos, quase chegando às
costas.
Na manhã seguinte, pronta, observa seu
corpo, cintura fina, pernas grossas, quadril roliço, seios fartos. Quem a vê
pensa longo que é modelo. Imagina as luzes, flash, champanhe, jóias, luxo,
glamour... mas o que importa a ela são os pensamentos,
a construção do discurso: penal, civil, administrativo... O mundo das Leis
povoa seus sonhos, girando em cores. Suzanne quer a todo custo compreender os
mecanismos que regem a humanidade, os intrincados crimes cometidos, às vezes
premeditados, outros no impulso. Realmente
aquele rosto não devia lhe pertencer, pensou olhando mais uma vez o espelho.
O esteriótipo falando mais alto. Muito bom!
ResponderExcluirbeijogrande
Obrigado pelas atenção.
ExcluirNem sempre o que parece ser, realmente é... Mas, em qualquer ciclo da vida, há que se rubricar, com fidelidade, nossa existência.
ResponderExcluirAbraço.
Verdade Célia, mas as vezes este rubricar é um monumento que erguemos dentro de nós sem perceber. De repente construímos prisões que escondem nosso verdadeiro ser.
ExcluirA constante dúvida que nos assola!!!
ResponderExcluirAmiga desejo que se encontre bem.
Bj.
Irene Alves