IMPONDERÁVEL

Uma noite, um velho de olhar vesgo, de mãos calejadas, sem dentes, com muitas dores, voltou seus olhos para o céu e não compreendeu tantas estrelas abastecendo o vazio. Não se espantou, pois sempre abarcou pouco. Nunca entendeu a barbárie, nem quem a pratica.
A pequenez humana.
A escravidão engrandecida.
Concorrendo e sustentando a estupidez.
Não compreendeu o inalterável.
Nem a cultura que o justifica.
Contradizendo a razão.
Nunca entendeu as pessoas, nem a loucura que as domina.
Esteve sempre só.
Olhava as crianças brincando ao longe.
Nunca foi uma delas.
Anoiteceu cedo.
Seu espírito vibrou em freqüência distinta.
Cheio de aflição pelo imponderável.
A dor da solidão.
Indo e vindo no imaginário dos sonhos.
E agora, desapareceu a linha da espantosa percepção.
O velho sorri.
Lindo amei demais...fico por aqui seguindo-te.beijos
ResponderExcluirADOREIIIII...linda um pouco triste, mas um belo fim, mesmo que o inicio e o meiu sejam tristes o sorrizo sempre deve está no final \o/
ResponderExcluirXEROOO MIGAH
cywmara.blogspot.com
Olá Elizabeth!
ResponderExcluirHá muitas pessoas que viverão e morrerão sem
conseguir entender certos pensamentos, condutas,
e certas imposições às quais são submetidas.
Belo texto, mostra uma figura quase nula aos olhos sociais, mas que guarda dentro de sí suas verdades, suas dúvidas e seus sentimentos.
Um abraço!
Oi, Beth! Que Bom poder passar por aqui de novo. Eu gostaria de voltar a conversar e conversar com você sobre essas coisas, inalteráveis, injustificáveis... a dor. Um grande abraço pra ti.
ResponderExcluirGostei da sua literatura,da abordagem humana que faz, me identifiquei.
ResponderExcluirAbç