Treinamento de negociação coletiva de trabalho

  • Olá!! Meu nome é Elizabeth Venâncio, sou chefe da Seção de Relações do Trabalho em Goiás, da Superintendência Regional do Trabalho, sou formada em filosofia, bilíngue e mestre em comunicação.  É um prazer ter vocês aqui hoje para discutir um tema tão importante e relevante para nossas vidas: Boas práticas da negociação coletiva de trabalho. Ao longo desta palestra, vamos explorar como a mediação coletiva pode ser utilizada para resolver conflitos de forma eficiente e preservar relações importantes.

 

  • Gostaria de começar com uma pergunta: quantos de vocês já se encontraram em uma situação de conflito no trabalho que parecia não ter solução? É comum nos depararmos com desafios que parecem intransponíveis, mas é exatamente nesses momentos que a mediação pode se mostrar uma aliada poderosa.

 

  • Durante nossa conversa, vamos abordar não apenas os benefícios da mediação, mas também as melhores práticas para implementá-la de forma eficaz. Estou ansiosa para compartilhar experiências e insights que podem transformar a maneira como lidamos com os conflitos em nossas organizações.

 

  • Agora, gostaria de abrir o espaço para que vocês participem! Podem me dizer seu nome e  Quais são suas expectativas em relação à mediação coletiva de trabalho? Já tiveram alguma experiência positiva ou negativa com essa prática? Vamos começar essa discussão juntos e aprender uns com os outros. Por favor, sintam-se à vontade para compartilhar suas ideias e perguntas ao longo da palestra."

 

 

  • Segurança e Saúde no Trabalho

 

 

No contexto do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a Segurança e Saúde no Trabalho (SST) engloba um conjunto de ações e medidas para proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores, prevenindo acidentes e doenças ocupacionais. Isso inclui a fiscalização do cumprimento das normas regulamentadoras (NRs), a elaboração e implementação de programas de prevenção, a investigação de acidentes e a promoção de ambientes de trabalho seguros e saudáveis. 

Atribuições do MTE relacionadas à SST:

 

  1. Inspeção do Trabalho

 

A Inspeção do Trabalho, parte integrante do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), tem como principal atribuição fiscalizar o cumprimento da legislação trabalhista e aplicar sanções em caso de descumprimento. Isso inclui verificar o registro de empregados, condições de segurança e saúde no trabalho, e outros aspectos relacionados à relação empregatícia. 

Atribuições da Inspeção do Trabalho:

  • Fiscalização:

Verificar o cumprimento da legislação trabalhista, incluindo aspectos como registro de empregados, jornada de trabalho, segurança e saúde no trabalho, entre outros. 

  • Aplicação de Sanções:

Aplicar multas e outras penalidades a empregadores que descumprirem a legislação. 

  • Elaboração de Políticas:

Contribuir para a formulação de políticas públicas voltadas à proteção do trabalhador. 

  • Promoção da Segurança e Saúde:

Realizar inspeções para identificar e corrigir condições de trabalho inseguras ou prejudiciais à saúde. 

  • Combate ao Trabalho Análogo à Escravidão:

Atuar na erradicação do trabalho em condições análogas à escravidão, incluindo ações de inteligência e investigação. 

  • Recebimento e Investigação de Denúncias:

Receber denúncias de irregularidades trabalhistas e instaurar procedimentos de investigação. 

  • Coordenação e Avaliação:

Organizar, coordenar, avaliar e controlar as atividades da inspeção do trabalho. 

  • Cooperação com Outros Órgãos:

Desenvolver ações em conjunto com outros órgãos públicos e entidades da sociedade civil. 

 

  1. Certificação de Entidades Sindicais

A Certificação de Entidades Sindicais, emitida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), tem como atribuição principal reconhecer a existência e regularidade de uma entidade sindical, permitindo-lhe atuar como representante legal de uma categoria profissional ou econômica. Essa certificação, também chamada de registro sindical, formaliza a entidade perante o MTE e a sociedade, possibilitando o exercício de suas funções e direitos, como a negociação coletiva e a defesa dos interesses da categoria. 

Atribuições da Certificação de Entidades Sindicais pelo MTE:

  • Reconhecimento da Entidade:

A certificação atesta que a entidade sindical foi devidamente constituída e atende aos requisitos legais para atuar como representante de uma determinada categoria. 

  • Regularidade:

A emissão da certificação garante que a entidade sindical está em conformidade com as leis e normas que regem a organização sindical. 

  • Atuação Legal:

O registro sindical permite que a entidade exerça suas funções e direitos, como a representação da categoria em negociações coletivas, a defesa de seus interesses em questões trabalhistas e a participação em instâncias de diálogo social. 

  • Acesso a Direitos e Benefícios:

A certificação garante à entidade sindical o acesso a direitos e benefícios previstos em lei, como a possibilidade de receber contribuições sindicais e de participar de programas e políticas públicas relacionados ao mundo do trabalho. 

  • Transparência e Publicidade:

O registro sindical é público e acessível, permitindo que a sociedade e demais interessados conheçam a existência e a situação da entidade, promovendo a transparência e a responsabilidade. 

 

  1. Informações sobre Mercado de Trabalho

O MTE produz dados estatísticos e estudos sobre o mercado de trabalho, que subsidiam a formulação de políticas públicas. 

O CAGED é uma ferramenta fundamental para o acompanhamento do mercado de trabalho formal no Brasil. Suas informações são utilizadas para diversas finalidades, desde a formulação de políticas públicas até a análise do perfil dos trabalhadores e a concessão de benefícios sociais. A substituição do CAGED pelo eSocial, que unifica diversas obrigações trabalhistas, visa otimizar o envio e a gestão das informações, mas a importância do sistema para a análise estatística e o acompanhamento do mercado de trabalho permanece

O eSocial, sistema do governo federal, unifica o envio de informações trabalhistas, previdenciárias e fiscais pelas empresas ao MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), entre outros órgãos. O MTE utiliza o eSocial para fiscalizar o cumprimento de obrigações trabalhistas, planejar ações de fiscalização, e subsidiar a formulação de políticas públicas na área. 

A Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) é uma declaração anual obrigatória para todos os estabelecimentos que possuem empregados, com o objetivo de coletar dados sobre o mercado de trabalho brasileiro. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) é o órgão responsável pela gestão e operacionalização da RAIS, utilizando os dados coletados para diversas finalidades, como o pagamento do abono salarial, a elaboração de estatísticas do trabalho e o fornecimento de informações para órgãos governamentais

 

  1. Mediação Coletiva

A Mediação Coletiva, no contexto do Ministério do Trabalho, refere-se ao processo de auxílio na resolução de conflitos entre grupos de trabalhadores e empregadores, mediado por um terceiro imparcial. O MTE atua na fiscalização do trabalho e modernização das relações trabalhistas, podendo mediar conflitos coletivos de âmbito nacional ou interestadual. 

Como funciona a Mediação Coletiva:

  • Terceiro Neutro:

A mediação envolve um mediador, que é uma terceira pessoa, neutra e imparcial, que auxilia as partes a encontrarem soluções para o conflito.

  • Diálogo e Autonomia:

O mediador facilita o diálogo entre as partes, buscando que elas construam, com autonomia e solidariedade, a melhor solução para o conflito.

  • Resolução Consensual:

O objetivo da mediação é alcançar um acordo que seja satisfatório para ambas as partes, evitando a judicialização do conflito. 

 

ENTIDADE SINDICAL

Síntese dos dados sobre estrutura sindical e negociação coletiva de trabalho no Brasil

 

Segundo levantamento realizado pelo DIEESE em janeiro de 2023, no Cadastro Nacional de Entidades Sindicais (CNES) do Ministério do Trabalho e Emprego, o Brasil contava com 18.698 entidades sindicais com registro ativo no Ministério, sendo 13.026 (70% do total) entidades representativas de traba­lhadores e 5.672 (30%) entidades representativas de empresas, cuja distribui­ção por grau de entidade pode ser observada na Tabela 1.

O elevado número de entidades é resultado da legislação do trabalho vigente no país, que, a título de impedir a fragmentação sindical4, acaba por estimulá-la. Segundo o princípio da unicidade sindical, que governa a conces­são do registro sindical, é proibido o estabelecimento de mais de um sindicato de uma mesma categoria em um mesmo município. Essa é uma restrição que

 

possui, no seu verso, uma autorização: permite-se o registro de sindicatos em bases municipais para todas e quantas categorias existirem.

Considerando-se que o Brasil registra 5.568 municípios, mais o Distrito Federal e o Distrito Estadual de Fernando de Noronha, chega-se a uma média aproximada de 2,25 sindicatos de trabalhadores por município, o que pode ser considerado pouco, uma vez que todo município dispõe de um quadro de servidores públicos (funcionários da prefeitura e, possivelmente, demais servi­dores da educação ou saúde) e de um conjunto de trabalhadores em algumas atividades econômicas básicas, como as do comércio e de alguns serviços, sem falar nos municípios que se apoiam em atividades rurais. Ou seja, o princípio da unicidade dá margem para a criação de um número ainda maior de sindi­catos no Brasil,

 

As entidades sindicais no Brasil têm apresentado mudanças significativas em sua composição e distribuição ao longo dos anos. Embora o comércio seja um setor importante, os dados disponíveis sugerem que o setor rural tem ganhado destaque na sindicalização brasileira.

 

*Tendências da sindicalização no Brasil:*

 

- *Crescimento do setor rural*: A taxa de sindicalização no setor rural aumentou significativamente, passando de 16% em 1992 para 27% em 2013. Isso pode ser atribuído ao crescimento da agricultura familiar e ao aumento da organização dos trabalhadores rurais.

- *Declínio da sindicalização urbana*: Em contrapartida, a taxa de sindicalização nas áreas urbanas diminuiu de 23% para 15% no mesmo período.

- *Setores de atividade econômica*: O setor rural alcançou a primeira posição em termos de taxa de sindicalização, seguido pelo setor público e indústria.

A economia brasileira passou por transformações significativas, com um aumento da importância do setor de serviços e uma diminuição da participação da indústria.

As entidades sindicais laborais no Brasil desempenham um papel fundamental na defesa dos direitos dos trabalhadores e na promoção de melhores condições de trabalho. Aqui estão alguns pontos importantes sobre o assunto ¹ ² ³:

- *Liberdade Sindical*: A liberdade sindical é um direito basilar garantido pelo ordenamento jurídico brasileiro, permitindo que as organizações sindicais possuam natureza jurídica de direito privado. Isso significa que os trabalhadores têm o direito de se associar e criar sindicatos para defender seus interesses.

- *Função dos Sindicatos*: A função principal dos sindicatos é buscar melhores condições de trabalho para o segmento que representa. Eles podem negociar acordos coletivos, orientar seus associados em questões trabalhistas e intervir em ações judiciais.

- *Desafios*: Apesar dos avanços, o sistema sindical brasileiro ainda enfrenta desafios, como a necessidade de uma reforma para abandonar os resquícios do modelo corporativista e caminhar para a liberdade sindical.

 

Em resumo, as entidades sindicais laborais no Brasil são fundamentais para a defesa dos direitos dos trabalhadores e a promoção de melhores condições de trabalho. No entanto, é necessário continuar trabalhando para fortalecer a liberdade sindical e melhorar a eficiência das entidades sindicais.

- *Liberdade Sindical*: Permite a criação de um sindicato independente da autorização do Estado.

- *Autonomia Sindical*: O Estado não interfere na criação e gestão do sindicato.

- *Unicidade Sindical*: Não é possível criar mais de um sindicato em um mesmo território.

- *Liberdade Associativa*: Ninguém é obrigado a se filiar ou manter-se filiado a um sindicato ¹.

 

Mediação Coletiva de Trabalho

A mediação coletiva de trabalho é um método extrajudicial de resolução de conflitos que visa restabelecer a comunicação e prevenir futuros problemas entre empregados e empregadores. Sua importância se destaca em vários aspectos:

 

Vantagens da Mediação Coletiva de Trabalho

- *Rapidez*: A mediação é uma forma mais rápida de resolver conflitos em comparação com o processo judicial tradicional.

*Economia*: Os custos da mediação são significativamente menores do que os de um processo judicial.

- *Preservação de Relações*: A mediação ajuda a preservar a relação entre empregado e empregador, o que é fundamental para o sucesso de uma empresa.

- *Desafogo do Judiciário*: A mediação contribui para reduzir a carga de trabalho do Poder Judiciário, permitindo que ele se concentre em casos mais complexos.

 

Falhas da Mediação Coletiva de Trabalho

- *Falta de adesão*: Algumas partes podem não estar dispostas a participar da mediação, o que pode dificultar o processo.

- *Desigualdade de poder*: A mediação pode não ser eficaz em casos em que há uma grande desigualdade de poder entre as partes.

- *Falta de especialização*: Os mediadores podem não ter conhecimento específico sobre o direito do trabalho, o que pode afetar a qualidade da mediação.

 

Perspectivas em Outros Países

- *Estados Unidos*: A mediação é amplamente utilizada nos Estados Unidos, especialmente em casos de disputas trabalhistas.

- *China*: A mediação é uma prática comum na China, especialmente em casos de disputas trabalhistas e comerciais.

- *Europa*: A mediação é utilizada em vários países europeus, como Alemanha e França, como uma forma de resolver conflitos trabalhistas de forma mais rápida e econômica.

 

Importância da Mediação Coletiva de Trabalho no Brasil

A mediação coletiva de trabalho é importante no Brasil porque ¹:

*Reduz a carga de trabalho do Judiciário*: A mediação pode ajudar a reduzir a carga de trabalho do Poder Judiciário, permitindo que ele se concentre em casos mais complexos.

*Preserva a relação entre empregado e empregador*: A mediação ajuda a preservar a relação entre empregado e empregador, o que é fundamental para o sucesso de uma empresa.

- *Fornece uma solução mais rápida e econômica*: A mediação fornece uma solução mais rápida e econômica para os conflitos trabalhistas, o que pode beneficiar tanto empregados quanto empregadores.

 

BOAS PRÁTICAS DE NEGOCIAÇÃO COLETIVA DE TRABALHO

 

O movimento sindical desempenha um papel fundamental nas relações de trabalho, atuando como um agente de transformação social. Embora a negociação coletiva tradicionalmente priorize a saúde física dos trabalhadores, com foco em acidentes e doenças ocupacionais, a crescente importância da saúde mental tem impulsionado novas demandas. Fatores como a intensidade e o ritmo de trabalho, somados a longas jornadas, impactam significativamente a saúde mental dos trabalhadores. As entidades sindicais têm negociado cláusulas em acordos e convenções coletivas que buscam dar mais atenção à saúde mental e psicológica do trabalhador, promovendo o bem-estar e a qualidade de vida.

 

Técnicas de Mediação Coletiva de Trabalho

- *Comunicação Eficaz*: A comunicação eficaz é fundamental para o sucesso da mediação. O mediador deve criar um ambiente seguro e respeitoso para que as partes possam se expressar livremente.

- *Escuta Ativa*: A escuta ativa é uma técnica importante para entender as necessidades e preocupações das partes. O mediador deve prestar atenção às palavras, tom de voz e linguagem corporal das partes.

- *Reenquadramento*: O reenquadramento é uma técnica que ajuda a mudar a perspectiva das partes sobre o conflito. O mediador pode ajudar as partes a ver o problema de uma forma diferente e encontrar soluções mais eficazes.

- *Geração de Opções*: A geração de opções é uma técnica que ajuda as partes a encontrar soluções criativas para o conflito. O mediador pode ajudar as partes a gerar opções e avaliar as consequências de cada uma delas.

 

Papel do Mediador

- *Neutralidade*: O mediador deve ser neutro e imparcial em relação às partes e ao conflito.

- *Facilitação*: O mediador deve facilitar a comunicação entre as partes e ajudá-las a encontrar soluções.

- *Gestão de Conflitos*: O mediador deve gerenciar o conflito de forma eficaz, criando um ambiente seguro e respeitoso para as partes.

 

Conclusão

As técnicas de mediação coletiva de trabalho são uma ferramenta poderosa para resolver conflitos de forma eficiente e preservar relações importantes. A comunicação eficaz, a escuta ativa, o reenquadramento e a geração de opções são algumas das técnicas que podem ser utilizadas para ajudar as partes a encontrar soluções. O papel do mediador é fundamental para o sucesso da mediação, e ele deve ser neutro, facilitar a comunicação e gerenciar o conflito de forma eficaz.

A COMUNICAÇÃO QUE BLOQUEIA A COMPAIXÃO

Comunicação que Bloqueia a Compaixão: Exemplos Baseados na CNV

A Comunicação Não Violenta (CNV) é uma abordagem de comunicação que visa promover a compreensão e a compaixão entre as pessoas. No entanto, existem algumas formas de comunicação que podem bloquear a compaixão e criar barreiras entre as pessoas. Aqui estão alguns exemplos:

 

    1. Julgamentos Moralizantes

 

- *Exemplo*: "Você é explorador por não aumentar o salário dos empregados."

- *Impacto*: O julgamento moralizante pode fazer com que a pessoa se sinta culpada ou defensiva, bloqueando a comunicação eficaz, muitas das vezes a reunião de mediação fica prejudicada.

 

2. Comparações

- *Exemplo*: "Você é muito melhor como trabalhador do que eu como patrão."

- *Impacto*: As comparações podem criar sentimentos de inadequação ou superioridade, dificultando a conexão emocional.

 

3. Negação de Responsabilidade

- *Exemplo*: "Eu não tive escolha de não usar o EPI, foi o chefe quem mandou."

- *Impacto*: A negação de responsabilidade pode dificultar a resolução de problemas.

 

4. Exigências

- *Exemplo*: "Você precisa nos dar o plano de saúde agora mesmo."

- *Impacto*: As exigências podem criar resistência e bloquear a cooperação.

 

5. Críticas

- *Exemplo*: "Você sempre trabalha mal e sem produtividade."

- *Impacto*: As críticas podem levar a sentimentos de defensividade e baixa autoestima.

 

Como Superar esses Bloqueios?

A CNV oferece algumas estratégias para superar esses bloqueios e promover a comunicação eficaz:

 

- *Observar sem Julgar*: Observe os fatos sem fazer julgamentos ou interpretações.

- *Expressar Sentimentos*: Expresse seus sentimentos de forma clara e respeitosa.

- *Identificar Necessidades*: Identifique as necessidades e desejos por trás das ações e palavras.

- *Fazer Pedidos*: Faça pedidos claros e específicos, em vez de exigências.

 

Ao utilizar essas estratégias, é possível criar uma comunicação mais eficaz e compassiva, promovendo a compreensão e a cooperação entre as pessoas.

 

- *Conectar-se com as Necessidades*: Identifique as necessidades e desejos por trás das ações e palavras.

- *Usar Linguagem que respeita*: Use linguagem que respeita a dignidade e a humanidade das pessoas.

- *Foco em Compreensão*: Busque compreender as perspectivas e sentimentos das pessoas.

- *Expressar Sentimentos e Necessidades*: Expresse seus sentimentos e necessidades de forma clara e respeitosa.

 

Ao utilizar essas estratégias, é possível criar uma comunicação mais conectada à vida e às necessidades humanas, promovendo a compreensão e a cooperação entre as pessoas.

CONTO DA LARGATA

O Elogio como Comunicação Alienante na CNV

Na Comunicação Não Violenta (CNV), o elogio é visto como uma forma de comunicação alienante porque pode criar uma dinâmica de julgamento e avaliação, em vez de promover a conexão e a compreensão mútua. Aqui estão algumas razões pelas quais o elogio pode ser considerado alienante:

 

1. Foco no Julgamento

- *Elogio*: "Você é um excelente trabalhador."

- *Análise CNV*: O elogio pode ser visto como um julgamento sobre a pessoa, o que pode criar uma sensação de avaliação e crítica. Isso pode levar a uma dinâmica de "bom" ou "ruim", em vez de uma conexão genuína.

 

2. Perda de Autonomia

- *Elogio*: "Você fez um ótimo trabalho, estou muito orgulhoso de você."

- *Análise CNV*: O elogio pode ser visto como uma forma de controle ou manipulação, onde a pessoa é motivada a agir de certa forma para receber aprovação ou elogios. Isso pode levar a uma perda de autonomia e motivação intrínseca.

 

3. Foco na Avaliação em vez da Compreensão

- *Elogio*: "Você é muito talentoso."

- *Análise CNV*: O elogio pode focar na avaliação da pessoa, em vez de buscar compreender suas necessidades, sentimentos e motivações. Isso pode criar uma barreira para a conexão e a compreensão mútua.

 

4. Criação de Expectativas

- *Elogio*: "Você sempre faz um excelente trabalho."

- *Análise CNV*: O elogio pode criar expectativas e pressão para manter um certo padrão de desempenho. Isso pode levar a estresse e ansiedade, em vez de promover a autoestima e a confiança.

 

Alternativas ao Elogio na CNV

- *Apreciação*: Em vez de elogiar, é possível expressar apreciação pelas ações ou contribuições da pessoa. Por exemplo: "Agradeço muito sua ajuda nesse projeto."

- *Compreensão*: Busque compreender as necessidades e sentimentos da pessoa, em vez de julgá-la ou avaliá-la. Por exemplo: "Entendo que você se esforçou muito nesse projeto."

 

Ao adotar uma abordagem mais conectada e compreensiva, é possível criar uma dinâmica mais positiva e construtiva, que promova a autoestima e a motivação intrínseca.

 

CONTO DO BÊBADO

O conto do bêbado e as chaves é uma metáfora que ilustra como muitas vezes procuramos soluções ou respostas em lugares onde é mais fácil ou mais confortável, em vez de procurar onde realmente precisamos. Sob a ótica da Comunicação Não Violenta (CNV), podemos analisar esse conto de várias maneiras:

1. Foco nas Estratégias vs. Foco nas Necessidades

- Estratégia do Bêbado: Procurar as chaves debaixo do poste de luz porque é mais iluminado, mesmo sabendo que as perdeu no parque.

- Análise CNV: O bêbado está focado na estratégia (procurar debaixo do poste de luz) em vez de focar na necessidade real (encontrar as chaves no parque). Isso ilustra como muitas vezes nos apegamos a métodos ou estratégias que nos são familiares ou confortáveis, mesmo que não sejam eficazes para atender às nossas necessidades.

 

2. Importância de Identificar a Necessidade Real

- Necessidade do Bêbado: Encontrar as chaves.

- Análise CNV: Para atender à necessidade de encontrar as chaves, o bêbado precisa estar disposto a procurar no parque, onde provavelmente as perdeu. Isso destaca a importância de identificar claramente nossas necessidades e não se limitar a estratégias que podem não ser eficazes.

 

3. Comunicação Eficaz

- Pergunta do Policial: "Por que você está procurando aqui?"

- Resposta do Bêbado: "Porque a luz está aqui."

- Análise CNV: A pergunta do policial ajuda a esclarecer a estratégia do bêbado e a entender por que ele está procurando debaixo do poste de luz. Isso ilustra a importância da comunicação eficaz em identificar e abordar as necessidades reais numa negociação coletiva.

Aplicação na Vida Real

- Exemplo: Em muitas situações da vida, podemos nos encontrar procurando soluções em lugares ou de maneiras que não são eficazes. A CNV nos encoraja a identificar nossas necessidades reais e a buscar estratégias que atendam a essas necessidades de forma eficaz.

- Estratégia CNV: Ao enfrentar um problema, pergunte a si mesmo: "Qual é a minha necessidade real aqui?" e "Quais estratégias podem me ajudar a atender a essa necessidade de forma eficaz?"

 

Ao aplicar os princípios da CNV, podemos melhorar nossa capacidade de identificar e atender às nossas necessidades reais, levando a soluções mais eficazes e satisfatórias.

 

 

## Separar Observação de Avaliação na CNV

Na Comunicação Não Violenta (CNV), é fundamental separar a observação da avaliação para promover uma comunicação clara e eficaz. Aqui estão as razões pelas quais essa separação é importante:

 

### 1. Clareza na Comunicação

- *Observação*: "Eu vi que você não entregou o relatório no prazo."

- *Avaliação*: "Você é irresponsável por não entregar o relatório no prazo."

- *Análise CNV*: Ao separar a observação da avaliação, é possível comunicar os fatos de forma clara e objetiva, sem misturá-los com julgamentos ou interpretações.

 

### 2. Redução de Conflitos

- *Observação*: "Eu observei que houve três erros no relatório."

- *Avaliação*: "Você fez um trabalho ruim no relatório."

- *Análise CNV*: Ao focar nas observações e evitar avaliações, é possível reduzir a defensividade e os conflitos, promovendo uma comunicação mais construtiva.

 

### 3. Foco nas Necessidades

- *Observação*: "Eu notei que o projeto está atrasado."

- *Avaliação*: "Você não está fazendo o suficiente para terminar o projeto."

- *Análise CNV*: Ao separar a observação da avaliação, é possível focar nas necessidades e encontrar soluções para atender a essas necessidades, em vez de se concentrar em julgamentos.

 

### 4. Promoção da Responsabilidade

- *Observação*: "Eu vi que você não cumpriu com o prazo."

- *Avaliação*: "Você é culpado por não cumprir com o prazo."

- *Análise CNV*: Ao focar nas observações, é possível promover a responsabilidade, sem criar uma dinâmica de culpa ou julgamento.

 

### Como Separar Observação de Avaliação na Prática

- *Foco nos Fatos*: Ao comunicar, foque nos fatos observados, sem adicionar julgamentos ou interpretações.

*Use Linguagem Clara*: Use linguagem clara e objetiva para descrever as observações, evitando ambigüidades.

*Evite Julgamentos*: Evite fazer julgamentos ou avaliações sobre a pessoa, focando nas ações ou comportamentos específicos.

 

O ÂNGULO QUE VOU PERCEBER MINHAS EXPERIÊNCIAS

 

Ao separar a observação da avaliação, é possível promover uma comunicação mais clara, eficaz e construtiva, que atenda às necessidades de todas as partes envolvidas.

A vida de Virgínia nos ensina que a verdadeira força vem de dentro. Apesar de ter sido diagnosticada com poliomielite aos 10 meses e ter enfrentado inúmeras limitações físicas, ela nunca perdeu a fé em si mesma e em Deus. Sua determinação e resiliência a levaram a superar obstáculos e a construir uma vida plena de significado.

 

A história de Virgínia nos mostra que não são os fatos ou as circunstâncias que nos definem, mas sim a forma como os enfrentamos. Ela enfrentou muitos desafios, desde a rejeição até a perda de entes queridos, mas nunca perdeu a esperança. Em vez disso, encontrou forças para continuar e para valorizar as pequenas coisas da vida.

 

A moral da história é que somos os arquitetos de nossa própria vida. Podemos escolher como reagir às circunstâncias e como encontrar significado em cada experiência. A fé, a esperança e a determinação podem nos impulsionar a seguir em frente, mesmo nos momentos mais difíceis.

 

A história de Virgínia nos lembra que a vida é preciosa e que devemos aproveitá-la ao máximo, independentemente das circunstâncias. Ela nos inspira a encontrar força em nossa própria resiliência e a construir uma vida plena de significado e propósito.

 

 

 

 

 


 

 


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