Jovem trabalhador

 


A sociedade goiana deve estar atenta para a necessidade de promover a inserção dos jovens e novos profissionais no mercado de trabalho. No próximo dia 24 de abril será comemorado o dia Internacional do Jovem Trabalhador, essa data foi instituída por uma iniciativa da Organização Internacional do Trabalho – OIT, visando discutir a importância de dar oportunidade para a juventude.

Segundo o World Youth Report (Relatório Mundial da Juventude), publicado pela ONU no final de 2018, temos hoje um pouco mais de 1,2 bilhão de jovens (pessoas entre 15 e 24 anos) espalhados por todo o mundo. Isso representa cerca de 16% de toda a população global. Estes jovens são os mais diretamente atingidos quando o assunto é a taxa de desocupação.

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD-IBGE) evidenciaram que no Brasil, em 2015, os moços de 18 a 24 anos somaram 33,4% dos desocupados. Aqui em Goiás o desemprego se relaciona a baixa escolaridade, falta de qualificação e inexperiência. E, para adentrar o mercado de trabalho eles têm somente duas vias: os programas de estágio e aprendizagem.

As empresas que possuem pelo menos 7 (sete) empregados, em funções que demandem formação profissional, são obrigadas a contratar aprendizes. Para isso recebem incentivos e benefícios fiscais, como a redução do FGTS para apenas 2%, dispensa do aviso prévio remunerado, isenção de multa rescisória, entre outras. Além disso, é necessária a inscrição do aprendiz em programa de Aprendizagem Profissional desenvolvido por entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica, tais como, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC).

Muitas pessoas não sabem, mas a Superintendência Regional do Trabalho em Goiás (SRTb-GO) é o órgão federal responsável por fiscalizar se as empresas estão atendendo a cota de aprendizagem, fixada entre 5%, no mínimo, e 15%, no máximo, por estabelecimento, calculada sobre o total de empregados cujas funções demandem formação profissional. No caso de não cumprimento, as empresas são orientadas e podem ser autuadas e multadas. 

A juventude trabalhadora carece de oportunidade para ver realizados seus sonhos, acreditar que conseguirão seu sustento, sua sobrevivência. Por isso, é preciso incentivar a política pública da aprendizagem. Afinal, o jovem encontra-se no momento mais rico de sua força laboral e os empresários precisam ver nele toda a potencialidade que irá contribuir para a prosperidade de Goiás.  


Sebastiana Batista

Superintendente Regional do Trabalho em

Jornal Opopular Goiáshttps://www.opopular.com.br/noticias/opiniao/opini%C3%A3o-1.146391/jovem-trabalhador-1.2237067


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