PEQUENO URSO
Um urso muito pequeno e carinhoso caminhou até um rio enorme e ficou observando os peixes passarem por ele. Tudo o que conseguia ver era a imensidão das águas, a forma voluptuosa como o vento majorava as ondas.
O rio corria forte, intransponível, soberano, nunca igual, sempre novo, desafiando a vontade. No meio do rio, os peixes a zombar do pequeno urso, que sentiu seus olhos ficar turvos e uma lágrima percorrer quieta seu rosto. Ele experimentava sua impotência e a culpa por sua covardia. O rio era demais para o pequeno urso, então se sentou e esperou que seu corpo nada pedisse.
- Que faz aí? Perguntou a gaivota
- Observo os peixes. Respondeu o urso
- É um artista?
- Não, tenho fome.
- Então, por que não se joga no rio?
- Por medo de minha insignificância. Não vê a imensidão, com certeza morrerei.
- De todo modo morrerá. Você já tem um não, agora precisa correr atrás do seu sim.
O urso pensou, refletiu e galopou para o rio.
Que conto lindo!
ResponderExcluirQue história de vida para ser compreendida!
Obrigada mfc.
ResponderExcluirOlá, Elizabeth...
ResponderExcluirQuanta delicadeza nesta narrativa...e, muito aprendizado...
Adorei a parte: "- Observo os peixes. Respondeu o urso
- É um artista?
- Não, tenho fome."
Lindo mesmo!
Abraço carinhoso,
Sandra
Quase sempre somos ursos na beira do rio.
ResponderExcluirque bom que as gaivotas chegam as vezes...
Um beijo grande , querida !
O urso foi inteligente...Venho deixar um beijinho
ResponderExcluirpelo dia de hoje.
Irene Alves
Oi, Bethinha querida!
ResponderExcluirMuita coisa no seu blog, que há muito não visitava. Entrei aqui ontem, mas não tive muito tempo. Hoje pude ler suas histórias de desabafo, amor, desejo e esta linda da ursa Belinha...
Parabéns por conseguir continuar escrevendo, não é fácil, mas é delicioso e fundamental para a nossa sobrevivência. Eu estou retomando minha vida, minha vida.
Um grande abraço de quem gosta muitíssimo de você.