A cobiça desvelou-se em pequenas gotas de suor.

Bianca sentiu sua essência pulsar.

A cobiça desvelou-se em pequenas gotas de suor.

O sangue galopando nas veias.

O peito ziguezagueando mais do que corcel em dia de doma.

Estava próxima da hora em que sentiria o prazer mais intenso da semana.

Tudo que ela queria era se desvencilhar dos compromissos, das amarras do cotidiano e se lança como fera no objeto de seu desejo.

Os pés acelerados na urgência dos amantes e então galgou as escadarias que a separava do que mais queria.

Sentiu um suave perfume de eucalipto e sua boca salivou.

Penetrou no recinto, jogou a bolsa em um canto qualquer

Despiu-se, não de todo, deixou a roupa de banho.

Sentia sede, mas não ousou se demorar mais.

Caminhou com passos firmes de um guerreiro que mesmo no prenúncio da morte não se entrega.

A porta de vidro disfarçava a visão, vacilou, mesmo desejando abri-la imediatamente.

Tomou uma ducha, antes.

Deixou que a água fria limpasse o seu dia e só então higienizada dos pensamentos, das angústias, dos anseios e da podridão da humanidade abriu a porta.

Sentiu o calor intenso de 43 graus e sentou-se no mármore.

Sorriu candidamente, pois nunca houve amante melhor que uma sauna.

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