Emprego e política

            
          Preocupante o cenário na Venezuela, as análises dos especialistas das áreas política, econômica e social assustam. Tenho muito medo que, também, no Brasil ocorra o mesmo. Entretanto, um sinal de que nossa economia ainda respira são os dados divulgados pelo Ministério do Trabalho na última quinta-feira (23).
            Trata-se das estatísticas do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), Nele, Goiás ocupa a 4ª posição no ranking de geração de emprego, uma conquista cujos esforços foram enormes, diante da turbulência política. Apesar do comportamento dos políticos, a indústria da borracha, fumo, couros e similares geraram, somente no mês de julho deste ano, 520 empregos. Parece pouco? Mas não é.  Significa que a indústria está crescendo, que 520 pessoas podem, a partir de agora, pagar suas contas. Somando todos os setores da economia foram 4.118 novos trabalhadores empregados em Goiás, com renda para comprar e aquecer o mercado.  
            Outro dado importante é o saldo de emprego formal dos meses de julho de 2002 a 2018, neles constatamos que nos últimos quatro anos a economia passou por uma profunda crise, somente em 2015 foram menos 157.905 empregos perdidos no Brasil. O mesmo que a população inteira de Valparaíso de Goiás. Em nosso Estado foram 2.908 empregos a menos. Nota-se que neste momento estamos melhores. 
            O crescimento econômico do Estado em termos de produção de commodities, pecuária, agroindústria e Produto Interno Bruto (PIB) cresceu nos últimos anos acima da média nacional. Todavia, esse crescimento ocorreu devido a investimentos, tais como o Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) na década de 1970, com recursos na ordem de US$ 2.66 bilhões, momento em que se implantou três programas de desenvolvimento regionais especiais: POLAMAZÔNIA, POLOCENTRO e Região Geoeconômica de Brasília.
        O programa de Desenvolvimento dos Cerrados – POLOCENTRO visou a modernização das atividades agropecuárias no Centro-Oeste. Posteriormente, na década de 1980 observou-se que o número de contratos para crédito rural teve um decréscimo, porém, em contrapartida, os valores destes contratos aumentaram. Os frutos desses investimentos são os saldos positivos da agropecuária de hoje.
                Outro dado significativo encontra-se no setor de serviços com a geração de 1.488 empregos em julho. 
         Todos esses resultados revelam o trabalho, em conjunto, dos campos político, econômico e social. 

Elizabeth Venâncio
Mestra em Comunicação
Servidora do Ministério do Trabalho

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