Bruxa é resistência feminina
No dia 31 de
outubro, minha amiga Luzia Carolina me pediu para escrever um texto acerca do
dia das bruxas. Fiquei pensando em como eu gosto de duas bruxinhas: Carol e Verinha. Porque
possuem autonomia, coragem de dizer o que pensa e sobretudo uma energia que
mais parece um aconchego, uma caricia de mãe.
Eu aprecio
escrever, então recebi o pedido de Carol como uma ordem. Entretanto, confesso que
me sinto leviana ao retratar em poucas linhas um tema de extraordinária
complexidade. Peço perdão aos especialistas, por não resistir e acabar por conceituar
o que é uma bruxa.
Bruxa é uma mulher
que não se esconde atrás de nenhuma figura masculina, nem laços de família,
nenhuma voz fala por ela.
Bruxa é uma mulher
que conhece de ervas e pode curar. Sabendo o valor da natureza ela a respeita.
Bruxa é
resistência feminina, um caminho de luta de muitas parteiras, benzedeiras e
sonhadoras cansadas da dependência. Por isso, são sempre observadas sozinhas em
uma casa na floresta.
Bruxa não tem voz,
mas dão gargalhadas diante da hipocrisia dos que estando no exercício do poder
pensam silenciar todas as quimeras.
Bruxa é orgulho,
porque não se curva, mas voa além do senso comum.
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