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Mostrando postagens de maio, 2012

O QUÊ FOI?

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- O quê foi? – falou Maria. - Não sei. Tudo é severo, inexplicável. - Por que está em meu quarto?    - Estou em todos os lugares com você. - É sempre assim, sem lucidez. - Ora, não reconhece meu olhar de repreensão. - É tão difícil agradá-la. - Por que conheço seus sonhos de infância,  os mais longínquos. - Qual o problema? - O tempo se esgota.    - O quê quer? - Responda você! Eu sou apenas um reflexo no espelho. 

PERCEBO O INDISTINGUÍVEL

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Corro sozinha, nenhum vocábulo, somente axiomas. Revivo meus entes queridos, que não posso tocar. Lembro coisas que fiz há anos e que ainda me sinto culpada. Perdôo a mim mesma e corro. Reflito acerca de tudo, noto as árvores. Gosto mesmo de correr sozinha! O tempo se torna infinito. Arrazôo a teoria do caos. Penso em mil formulações e conceitos, querendo definir o que sou. Quem sou? Gosto de correr sozinha, mas nunca estou só. Convivo com os pisares desengonçados, elegantes, vacilantes... de tantos que não sou eu. Sou diferente... E mesmo diferente faço parte, como se fosse um fragmento da calçada, um pedaço do  céu. Gosto de correr sozinha, por que percebo o indistinguível.